quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Detecção e correção

Atualmente, graças ao aperfeiçoamento do ultrasson, o lábio leporino pode ser diagnosticado antes mesmo do parto. Isso permite que, logo após o nascimento, a cirurgia corretiva seja realizada. Hoje já existem técnicas que permitem a realização da cirurgia precoce, até 1 semana de vida.
A primeira cirurgia de lábio é realizada normalmente aos três meses de idade, quando a criança já deve ter 5 kg. Já a cirurgia de palato duro é realizada apenas aos doze meses de idade. Para uma boa alimentação e a criança não refluir alimento pelo nariz até a cirurgia do palato duro, são desenvolvidas técnicas de amamentação sendo a persistência da mãe fator fundamental para seu sucesso. Se mesmo assim a mãe não consegue amamentar, ela é orientada a fazer a ordenha e dar o leite materno na mamadeira, pois a preocupação é que mamando mal o bebê terá pouco ganho de peso. Alguns autores advogam o uso de placas palatinas pré-moldadas, de fácil manejo para ajudar na amamentação.

Incidência

Os caucasianos têm uma incidência estimada em 1,84/1000 nascimentos, sendo maior entre os amarelos e menor nos negros.
Sua incidência com a presença de familiares fissurados nas seguintes proporções:
a) pais normais = 0,1% de chance de ter um filho fissurado
b) pais normais e um filho fissurado = 4,5% de chance de ter outro filho fissurado
c) um dos pais e um filho fissurado = 15% de chance de ter outro filho fissurado

Lábio Leporino

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Como está a saúde bucal do bebê fissurado?

Bebês com fissura (fenda no lábio e/ou no palato, conhecido como "céu da boca) precisam de cuidados bucais redobrados. Isso porque a falta de uma higienização bucal adequada é responsável por um alto índice de bebês com cárie. De acordo com a tese da odontopediatra da equipe multidisciplinar do Centrinho/USP, Lucimara Teixeita de Neves - em que 300 pacientes com idade entre 6 meses e 5 anos e meio foram avaliados clinicamente -, os dentes mais acometidos pela cárie são os incisivos centrais (dentes da frente). O estudo verificou que a cárie na criança com fissura é mais precoce do que na população geral - em que a cárie surge, normalmente, entre 18 e 24 meses. Os fissurados estudados com idade entre 6 e 12 meses já apresentaram cárie.

A pesquisadora atribui essa precocidade ao fato de a região da fissura apresentar, para a mãe, maior dificuldade para higienizar, daí a necessidade de se reforçar a limpeza bucal entre os bebês fissurados.Isso não significa que o fissurado apresenta maior probabilidade de desenvolver cárie, mas que a falta de uma limpeza bucal adequada nos bebês em geral pode apressar o surgimento de cáries. Lucimara explica que, normalmente, as mães chegam muito ansiosas para a cirurgia plástica e, às vezes, relegam para o segundo plano os cuidados odontológicos.

"É preciso lembrar que uma boa saúde bucal é pré-requisito para a realização das cirurgias, pois se o bebê apresentar qualquer tipo de infecção, proveniente da má higienização, por exemplo, não poderá ser operado", afirma Márcia Ribeiro Gomide, coordenadora do Curso de Especialização em Odontopediatria da Pós-Graduação do Centrinho/USP.
No Centrinho/USP há uma Clínica odontológica de bebês que recebe, em média, 50 crianças por semana, com idade até 3 anos. "Na clínica de bebês podemos demonstrar às mães a forma correta de higienização bucal dos bebês", afirma Beatriz Costa, odontopediatra, coordenadora do Setor. Mas, falar é fácil, difícil é fazer a criançada deixar as guloseimas de lado, responsáveis, aliás, pelo aparecimento de cáries. Por isso, Beatriz Costa faz um alerta às mães: "já que as crianças não deixam de comer doces, escove os dentes delas após cada doce ingerido". Acompanhe, a seguir, outras dicas das odontopediatras do Centrinho/USP:
Amamentação
Ao contrário do bebê com fissura isolada de lábio, bebês com fissura só de palato (céu da boca) e, também, com fissuras completas de lábio e palato apresentam dificuldade de sucção. Mas, apesar disso, existe a possibilidade do aleitamento materno. A odontopediatra Gisele da Silva Dalben adverte que o aleitamento materno sempre deve ser tentado antes de ser descartado, pois seus benefícios são incontáveis, incluindo melhor desenvolvimento das estruturas bucais, riqueza nutricional e contato íntimo entre o bebê e a mãe.
Deve ser usado creme dental na escovação?
Pode ser usado, mas em pouquíssima quantidade: 1/3 de um grão de arroz é a quantidade máxima para que não haja risco de o bebê engolir o creme e ter complicações por isso.
O bochecho é indicado a partir de qual idade?
A partir dos 6 anos.
Antes de nascer o primeiro dentinho, como fazer a limpeza?
A mãe deve usar uma fralda ou uma gase embebida em água filtrada ou fervida, enrolada no dedo indicador. É importante que a mãe não tenha receio de limpar nenhuma parte nem mesmo a área da fissura. A mãe deve limpar as seguintes regiões:
• região inferior e superior onde os dentes vão romper (chamada de rebordo alveolar)
• bochecha
• na região da fenda; no caso de fissura só de palato, ele também deve ser higienizado
• língua (no sentido de trás para a frente)
Essa limpeza é indicada uma vez por dia a partir do primeiro dia de vida do bebê. As odontopediatras sugerem que seja feita no horário do banho, pois é um período de maior relaxamento da criança. Ao nascer o 1º dente, essa higiene é substituída pela escovação.

Fonte: http://www.centrinho.usp.br/emfoco/file/foco_34/com_solid_34.html

Exemplos de superação mostram que lábio leporino pode ser contornado com sucesso

Tratado com o devido cuidado, problema pode se tornar imperceptível


Quem vê a jovem Ayllar esbanjando charme aos 14 anos não imagina o que ela já encarou em tão pouco tempo de vida. A adolescente, que hoje desfila seus cabelos loiros e chama a atenção dos meninos, nasceu com lábio leporino - má formação congênita que resulta na abertura do lábio - e passou por sete cirurgias plásticas até que o problema ficasse quase imperceptível.


Mãe da menina, a comerciante Adriana Ferreira se emociona ao comentar o quanto as operações a ajudaram a vencer o temor pelo futuro da filha.


- As cirurgias mudaram o rumo das nossas vidas. Não sei o que seria da gente se esse problema não tivesse sido solucionado. Eu tinha medo de como ela seria tratada.


O temor de Adriana era sobretudo em relação à estética e as consequências que isso poderia trazer à filha. Afinal, Ayllar correria o risco de não ser aceita por outras crianças ou ser tratada de forma diferente. O receio pela vida social da menina, porém, não era o único problema. Lábio leporino e quaisquer outras anomalias craniofaciais resultam em danos à saúde.


A criança não consegue se alimentar normalmente, o que pode afetar sua nutrição. Mais que isso, em alguns casos, a boca e o nariz ficam em ligação direta, o que pode causar problemas respiratórios ou auditivos. Dessa maneira, o tratamento pós-operatório torna-se indispensável, conforme explica o médico Henrique Cintra, especialista nesse tipo de cirurgia e um dos coordenadores do programa Sorriso Brasil.


- O problema dificulta a alimentação, a mastigação, tudo. É preciso ter muito cuidado, não adianta só operar. Tem de ter o acompanhamento total de fonoaudiólogos, porque a fala fica prejudicada, e de dentistas, em razão da má formação da estrutura dentária.


Dominique Gerpe viveu caso parecido ao de Adriana e sua filha. A fisioterapeuta é mãe de Breno, de dois anos. A criança também nasceu com lábio leporino. Com menos de dois meses, ele fez a primeira cirurgia. Hoje, já são cinco operações.


- As operações e o tratamento mudaram minha vida. Eu não sei o que seria de mim e do meu filho. Eu conhecia uma garotinha que os amiguinhos chamavam de boca de vala, justamente porque ela tinha esse problema. Pior coisa é pensar que poderiam colocar apelidos no meu filho, discriminar. Mas o Breno ficou perfeito e terá uma vida normal, sem traumas.


Problema é comum no Brasil


A incidência de problemas como lábio leporino, fenda palatina – quando o céu da boca não se fecha completamente – ou outras anomalias causadas pela má formação craniofacial é grande no Brasil. De acordo com Henrique Cintra, uma a cada 700 crianças nasce com essa má formação. No Rio, os números giram na mesma faixa, mas no Ceará, considerado o Estado mais afetado, a média chega a um para 500.


Cintra, que foi o responsável pelas cirurgias de Ayllar e Breno, já atendeu muita gente, dos mais diversos tipos e meios sociais. Com bagagem no assunto, a conclusão do médico é uma só, independentemente de qualquer fator.


- Não adianta. Toda criança, caso não corrija isso, terá problemas para se socializar. Terá problemas psicológicos. Afinal, ela vai ser diferente. É uma coisa que não tem como esconder.


Henrique Cintra ressalta a importância do acompanhamento de um psicólogo, sobretudo durante os primeiros anos.


- A criança tem problema na fala, nos dentes e estético. Até o tratamento acabar, é bom ter um psicólogo por perto da criança e da família. Ajuda muito, evita traumas, depressão. E nós nos preocupamos com isso.


Nunca é tarde


Henrique Cintra é acostumado a atender crianças, mas lembrou que as cirurgias podem ser realizadas com o mesmo sucesso em pessoas mais velhas, que não passaram pelo procedimento quando novas.


- Eu já operei um senhor de 70 anos, que me disse: não quero morrer assim. O resultado foi ótimo. E ele saiu do hospital sorrindo.


A ONG Operação Sorriso Brasil vai fazer um mutirão, de 8 a 16 de agosto, na cidade do Rio de Janeiro para operar crianças com lábio leporino ou fenda palatina. As cirurgias, que duram cerca de 45 minutos, serão realizadas no Hospital Universitário Pedro Ernesto, na rua 28 de Setembro, em Vila Isabel, zona norte da capital. A estimativa é de que a alta seja dada em 24 horas.


A expectativa da organização do evento é de que 120 pacientes sejam operados. Para participar do processo, os interessados devem comparecer nos dias 8 e 9 de agosto à policlínica Piquet Carneiro, na avenida Marechal Rondon, número 381, no bairro São Francisco Xavier (zona norte) para a triagem. Os selecionados de fora da capital terão hospedagem, transporte e alimentação gratuitos.


Fonte: Bruno Rousso, do R7

Sonhos, superação.....


Tudo que um criança com lábio leporino quer: é ter problemas iguais aos seus!!!
Campanha publicitária da ong: OperaçãoSorriso.org. Visite!

Operação Sorriso

Quem São


Devolvendo sorriso para as crianças. Fazendo do mundo um lugar melhor.


"Na Operação Sorriso, mensuramos quem somos pela alegria que vemos nos rostos das crianças. Nós somos mais do que uma organização de caridade. Mais do que uma ONG. Nós somos uma força mobilizada de profissionais da saúde e corações dedicados em oferecer segurança e cirurgias reconstrutivas para crianças que nasceram com deformidades faciais, tais como a fissura lábio-palatina."


Estima-se que mais de 200.000 crianças nascem por ano no mundo acometidas pela fissura. Somente no Brasil estima-se que sejam mais de 5.600. Geralmente com severas dificuldades para se alimentar, falar, socializar-se ou mesmo sorrir. Algumas delas são excluídas, escondidas do contato social e rejeitadas. E na maioria dos casos, seus pais não têm condições de pagar pela cirurgia que elas tanto necessitam para terem uma vida normal.

E é exatamente aí que atuam. Desde 1982, a Operação Sorriso - através de dedicados voluntários – tem oferecido cirurgias gratuitas para crianças em mais de 50 países, devolvendo a elas o sorriso e a esperança de um futuro melhor.

Graças a generosidade e o espírito de voluntariado de todas as grandes parcerias, mais de 160.000 crianças, sendo mais de 3.500 somente no Brasil, tiveram a chance de uma nova vida devido ao trabalho desta ong

Maiores informaçoes: http://www.operationsmile.org.br

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A criança fica com sequelas?

Os resultados estéticos da cirurgia de correção da fenda labiopalatina estão cada vez melhores. Caso a fenda ainda fique muito marcada, há a possibilidade de fazer novas operações, ainda durante a infância, para melhorar o aspecto estético.

O ideal é que a criança seja acompanhada também por ortodontistas, principalmente no caso de fenda palatina, para monitorar o crescimento do maxilar e dos dentes e o funcionamento da boca em geral. Em algumas crianças, a voz pode ficar anasalada, por isso pode ser aconselhável consultar um fonoaudiólogo.

No caso da fissura palatina, o bebê pode sofrer de
otites (infecções no ouvido) com mais frequência, por causa da entrada de líquido no canal do ouvido.

domingo, 6 de novembro de 2011

Dá para amamentar uma criança que tenha lábio leporino e fenda palatina?



Os bebês precisam criar um vácuo entre a boca e o mamilo da mãe para que consigam mamar bem. Crianças nascidas com lábio leporino podem ter mais dificuldade para fazer a "pega" correta no seio da mãe e criar esse vácuo, o que torna a amamentação um tanto mais complicada.
No entanto, a maioria delas acaba conseguindo mamar no peito, com a ajuda do pediatra e um pouco de criatividade das mães para encontrar uma
posição que dê certo.
Lembre-se: cada bebê é de um jeito, e às vezes bebês com o mesmo tipo de lábio leporino têm maior ou menor facilidade para a amamentação.
No caso da fissura palatina, pode ser mais difícil para o bebê conseguir sugar adequadamente. A amamentação geralmente é mais bem-sucedida em crianças que têm uma abertura pequena ou estreita no céu da boca.



Lábio leporino: tratamento

O tratamento indicado para o lábio leporino é mesmo a intervenção cirúrgica e a primeira cirurgia, a do lábio, pode ser feita entre três e seis meses de idade; a operação do palato pode ser feita entre 12 e 18 meses. A época ideal para cirurgia do lábio leporino vai depender, geralmente, de condições clínicas da criança, de aspectos morfológicos e funcionais.
Para que a criança não tenha refluxo de alimento pelo nariz até a cirurgia do palato, as mães são instruídas a desenvolver algumas técnicas de amamentação e alimentação para que o bebê consiga se desenvolver sem deficiências nutricionais.
O aleitamento materno além de ser muito importante para diversas outras coisas, é altamente recomendado para evitar as infecções, evitar a anemia e fortalecer os músculos da face e da boca do bebê.
Sem o tratamento adequado para o lábio leporino, podem surgir algumas graves conseqüências, que podem ser tanto patológicas, como perda da audição, problemas de fala e déficit nutricional, como também seqüelas psicológicas que envolvem desde o preconceito social até a rejeição por parte da familia da criança.
Por isso é sempre bom procurar orientação de todos os tipos, apoio de médicos, dentistas, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos. Com ajuda profissional tudo fica mais fácil de entender e de lidar e tanto pais quanto bebês podem viver saudavelmente e sem graves seqüelas.


Possíveis Causas do Labio Leporino

Certos fatores ambientais como drogas, alguns tipos de medicamentos (como anticonvulsivantes e corticóides), tabagismo e uso de álcool pela mãe e deficiência de ácido fólico, podem aumentar o risco de ter a fissura. Em outros casos, alguns genes e mutações genéticas podem ser os responsáveis. Assim, deve-se evitar fazer radiografias durante o período gestacional, principalmente na região abdominal.


Lábio Lepurino

Lábio leporino, nome popular da fissura labiopalatal, é uma alteração congênita, ou seja, uma alteração que já nasce com o bebê, na qual ocorre o não fechamento do lábio e/ou do palato (fenda palatina) ainda durante a gestação.
A criança com lábio leporino nasce com uma abertura no lábio ou no palato, semelhante ao focinho fendido de uma lebre (daí o nome “leporino”). A fissura labial pode apresentar-se unilateralmente, quando atinge apenas um lado do lábio; ou bilateralmente, quando há aberturas dos dois lados.
Sua gravidade varia, indo desde apenas uma cicatriz labial, até uma fissura completa, quando atinge lábio e palato. Essas fissuras de palato geram comunicação entre a cavidade oral e a cavidade nasal. Não se sabe exatamente o que causa a fissura, mas sabe-se que a interação de vários fatores (genéticos e ambientais) podem levar ao aparecimento dessa alteração.
Quando a fenda atinge o palato (fenda palatina), existe um grande risco das crianças aspirarem o alimento, o que pode provocar, em certos casos, algumas infecções como otite e pneumonia. Além disso, outra doença que é bastante presente em caso de fissura é a anemia.
Graças a técnicas como a ultrassonografia, o lábio leporino pode ser diagnosticado ainda durante a gestação, o que permite que a correção seja feita logo após o parto.


Risco De Teratogenicidade: Malformação Congênita

As medicações variam quanto ao risco de indução de teratógenicidade. Sabe-se que somente de 2 a 3% das malformações são decorrentes de medicamentos e produtos químicos.


Exemplificação:


•Talidomida: indução de malformação grave.


•Álcool: retardo mental e retardo de crescimento.


•Hormônios: Podem induzir a graus de masculinização de fetos femininos.


•Radiação: altas doses de radiação podem resultar em danos cromossômicos e possíveis retardamentos de crescimento. Normalmente encontra-se microcefalia, retardo mental e defeito na formação óssea.


•Tabagismo (alcalóides): não provocam malformações, entretanto, pode retardar crescimento fetal intra-uterino.


•Antibióticos:
Penicilinas são drogas seguras (penicilinas benzatinas, amoxicicilinas). Essas drogas não constituem risco, sendo utilizados extensivamente na gravidez.


Tetraciclinas são drogas que devem ser evitadas, pois apresenta risco aumentado de alterações dentário, devido sua impregnação em tecido ósseo em locais de calcificação ativas.


Esterptomicinas / diidrostreptomicinas em doses elevadas elevam risco de surdez em crianças, quando utilizadas em gestante devido sua ação antituberculicida.


• Anticonvulsivantes: pode causar dismorfia em feto, alteração cardíaca, retardo de crescimento fetal e fenda palatina.


• Anti-hemorrágicos / anticoagulantes: com exceção da heparina, todos podem causar teratógenicidade (segundo e terceiro trimestre de gravidez).


• Anti-neoplásicos: causam teratógenicidade, ativa ação de inibição no processo de divisão celular.


• Corticosteróide: cortisona fraca ação de risco de teratógenicidade em fetos humanos, entretanto causam anomalias em cobaias (camundongos e coelhos).


• Insulinas / hipoglicemiantes: respectivamente não apresentam riscos, entretanto em cobaias, foram observadas evidencias de ação teratogênica.


• LSD / Maconha: LSD apresenta ação teratogênica em baixo grau, entetanto não foi relatado eventual risco com a maconha. Apesar da diminuta ação teratogênica, a precaução de evitar essas drogas é muito prudente.


• Drogas tranqüilizantes: podem elevar risco de malformação congênita. Hemangiomas em região frontal podem ser descritos com uso de algumas medicações como Talidomida. Outras medicações também podem induzir riscos teratogênicos, tais como: carbonato de lítio. O uso de diazepam parece estar relacionado com fendas palatinas durante o primeiro e terceiro trimestre de gravidez.


• Agentes infecciosos: na maioria das vezes, existe um aborto espontâneo ou natimortalidade, mas malformações congênitas podem estar presentes. Existe relação causal entre virose e malformações, principalmente quando frente aos vírus da rubéola, cmv e herpes simples tipo I.

Agentes teratogênicos

Os agentes teratogênicos - ou teratógenos - são os responsáveis pelo aparecimento das malformações. Podem ser de origem genética ou ambiental.



FATORES GENÉTICOS
a) fatores gênicos: envolvem a herança dos genes que causam a anomalia. Um exemplo de malformação oriunda desse fator é a polidactilia (o indivíduo apresenta mais de cinco dedos, principalmente nas mãos).
b) fatores cromossômicos: abordam as aberrações cromossômicas representadas pelo número anormal de cromossomos. Um exemplo seria a Síndrome de Down.
FATORES AMBIENTAIS
a) agentes infecciosos: um teratógeno desse tipo é o vírus da rubéola, cuja infecção, nas primeiras quatro semanas após a concepção, possui altos riscos de gerar malformações do tipo lesões cardíacas, microcefalia (encéfalo pequeno), retardo no crescimento etc.
b) agentes químicos: envolvem substâncias químicas e drogas. Exemplos clássicos seriam o álcool (causando hipoplasia maxilar (maxila pequena), microcefalia (encéfalo pequeno) e retardo do crescimento) e a talidomida,uma droga utilizada no passado durante a gestação para alívio de enjôo (provocando focomelia, ou seja, mãos e pés inseridos diretamente no tronco) etc.
c) agentes físicos: destaca-se, principalmente, a radiação. Pode causar cegueira, defeitos cranianos e microcefalia (encéfalo pequeno).
FATORES CRONOLÓGICOS
Dependendo do estágio de desenvolvimento embrionário no qual atua o teratógeno, as manifestações das malformações são variadas. Um exemplo seria a rubéola que, se adquirida durante a sexta semana , determina o aparecimento de alterações oculares. Por outro lado, se a infecção corre na oitava semana, há o condicionamento de surdez congênita.

FATORES CONSTITUCIONAIS
A constituição genética de uma população é um fator importante de predisposição a determinado efeito teratogênico. Assim, um agente comprovadamente teratogênico para um grupo não necessariamente ou seja para indivíduos de outra espécie. A mesma afirmação é válida para populações de diferentes raças pertencentes a mesma espécie.

O que são drogas teratogênicas?


Drogas teratogênicas são as drogas capazes de causar malformações no feto quando tomadas durante a gravidez, principalmente nas primeiras 10 semanas. Essas drogas são responsáveis por 2-3% de todas as malformações em bebês. Algumas substâncias teratogênicas são:

- Álcool: o bebê pode nascer com cirrose, demência;
- Nicotina: causando vaso constrição, portanto má formação nas extremidades;
- Uso de alguns tipos de antibióticos, afetando a organogênese = surgimento ou formação dos órgãos nos primeiros 3 meses de vida;
- Tinturas para cabelos: amônia presente afeta o sistema nervoso.


A maioria das mulheres grávidas faz uso de algum tipo de droga (medicamento ou drogas lícitas ou ilícitas). Os Centers for Disease Control and Prevention e a Organização Mundial da Saúde estimam que mais de 90% das mulheres grávidas fazem uso de medicamentos controlados ou de venda livre, drogas sociais (p.ex., tabaco e álcool) ou drogas ilícitas.

Os medicamentos e as drogas são responsáveis por 2 a 3% de todos os defeitos congênitos. A maioria dos outros defeitos congênitos tem causa hereditária, ambiental ou desconhecida. As drogas passam da mãe para o feto sobretudo basicamente através da placenta, a mesma via utilizada percorrida pelos nutrientes para o crescimento e desenvolvimento do feto.

Na placenta, as drogas e os nutrientes presentes no sangue da mãe atravessam uma membrana fina, a qual separa o sangue da mãe do sangue do feto. As drogas que uma mulher utiliza durante a gravidez podem afetar o feto de várias maneiras:
• Atuando diretamente sobre o feto, causando lesão, desenvolvimento anormal ou morte
• Alterando a função da placenta, geralmente contraindo os vasos sangüíneos e reduzindo a troca de oxigênio e nutrientes entre o feto e a mãe
• Causando contração forçada da musculatura uterina, lesando indiretamente o feto.